Em 2017, volume de lixo eletrônico no mundo aumentará 33%, alerta estudo
Volume de lixo eletrônico será igual a 200 edifícios como o Empire State.
China e EUA são os países que mais geram lixo eletrônico.
Da Agência EFEA produção de lixo eletrônico no mundo todo alcançou quase 49 milhões de toneladas métricas, sete quilos por cada habitante do planeta, no ano passado. Para 2017 o número aumentará 33%, de acordo com um estudo publicado neste domingo (15) pela Universidade das Nações Unidas (UNU).
O estudo da iniciativa Step, uma aliança entre a Organização das Nações Unidas (ONU), empresas, governos e organizações não-governamentais (ONGs), é o primeiro mapa global de lixo eletrônico e mostra a quantidade de resíduos eletrônicos que cada país gera. Para 2017 o volume anual de lixo eletrônico será de 65,4 milhões de toneladas, o equivalente a 200 edifícios como o Empire State de Nova York ou 11 construções como a Grande Pirâmide de Giza.
A pesquisa também assinalou que em 2012, China e Estados Unidos encabeçaram a lista dos países que mais fabricam equipamentos eletrônicos e elétricos (EEE), 11,1 e 10 milhões de toneladas, respectivamente, e os que geraram mais lixo eletrônico, 7,3 e 9,4 milhões. Quando se analisa a produção per capita, os Estados Unidos geraram 29,8 quilos de lixo eletrônico por pessoa, seis vezes mais que a China. Na América Latina, Brasil e México foram os países que geraram mais lixo eletrônico.
O Brasil pôs no mercado em 2012 dois milhões de toneladas de EEE e gerou 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico, 7 quilos por habitante. Já o México lançou 1,5 milhão de toneladas de eletrônicos e gerou 1 milhão de toneladas de lixo, o equivalente a 9 quilos por habitante.
Ruediger Kuehr, secretário-executivo da Iniciativa Step e membro da Universidade das Nações Unidas, explicou que "embora haja cada vez mais iniciativas para enfrentar este problema, a velocidade de geração de lixo eletrônico supera as medidas adotadas". E acrescentou que o mapa apresentado hoje ajudará a entender melhor o problema e desenvolver políticas mais efetivas. "Mesmo existindo muita informação sobre os impactos negativos ao meio ambiente e à saúde dos primitivos métodos de reciclagem de lixo eletrônico, a falta de dados globais dificulta entender a magnitude real do problema".
Além do mapa, a Step divulgou também um estudo realizado pelo Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e pelo Centro Nacional de Reciclagem de Eletrônica dos Estados Unidos que detalha a geração, a coleta e a exportação de alguns tipos de equipamentos eletrônicos de segunda mão. Os dados mostram que em 2010, os EUA geraram 258,2 milhões de unidades usadas de computadores, televisões e telefones celulares, e muitos deles foram para a América Latina. Dois terços das unidades utilizadas foram recolhidas para serem reutilizadas e recicladas e 8,5% dos aparatos foram exportados como unidades inteiras.
Outros aparatos usados que também foram exportados dos Estados Unidos à América Latina foram artigos eletrônicos de grande tamanho, como TVs e monitores. E os principais destinos latino-americanos foram México, Venezuela e Paraguai.
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