Livro Didático defendendo o erro de portugues

Em busca da Sustentabilidade, nos deparamos com muitos desafios, em três campos diferentes, o Econômico, o Ambiental e também o Social. O objetivo do Desenvolvimento Sustentável é criar modelos de gestão que respeitem e tragam ganhos em todos estes diferentes fatores.
Dentro dos benefícios sociais buscados por este modelo está o do direito a educação e uma educação de qualidade que tragam um empoderamento de pessoas que hoje vivem a margem da sociedade, e que só poderão galgar melhores condições através de um processo educacional e cultural.
Na contra mão de tudo isso, o Ministério da Educação do Brasil, lança como um de seus livros didáticos, o livro chamado "Por Uma Vida Melhor" da autora Heloísa Ramos, que defende o mau uso da Língua Portuguesa, pois isto representa a forma de falar da nossa nação. Como se pode ver no comentário da própria autora, que foi postado no blog do Jornalista Augusto Nunes da Revista Veja. (http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/heloisa-ramos/)

“O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça”.

Heloísa Ramos, autora do livro “Por uma Vida Melhor”, integrante da seita que acha que o certo é escrever e falar errado, capturada pelo Guilherme Macalossi na entrevista ao Jornal Nacional e remetida ao Sanatório com o seguinte recado: “Ela está justificando em dilmês castiço o ensino de lulês arcaico nas escolas públicas”.

Qual o objetivo de um Ministério de Educação, que quer nivelar as pessoas pelo menor e mais baixo nível possível? Até quando nós como sociedade civil, que pagamos as contas deste órgão que deveria defender o nosso interesse, seremos coniventes com este tipo de postura?



Áudio da Crônica do Jornalista Arnaldo Jabor, transmitida pela Rádio CBN em 17/05/2011.

A grande ferramenta que possuímos hoje, é a mobilização e divulgação de nossas opiniões. E uma grande ajuda para isto é a internet e as redes sociais, que podem disseminar estas mensagens em uma velocidade incalculável e uma amplitude inimaginável.

Vamos todos lutar com as armas que temos para Reciclar Conceitos e ajudar a criar uma sociedade sustentável.

Reciclando Conceitos

Comentários

  1. Realmente, esta é uma questão bem polêmica que tem sido debatida e sei que num primeiro olhar parece-nos um tremendo absurdo. Mas eis que enquanto lia este blog, eu recebia um email com a seguinte conversa, sem citar nomes:

    Pergunta: "Fulana na sexta... que bar nós vai (o mec diz que eu escrevi certo")..."
    Resposta de uma pessoa que estudou Letras: "vc escreveu certo sim, pois vc está falando comigo (com uma amiga), numa situação informal (email informal pra acertar detalhes de ir ao bar)... e vc tem consciência disso! vc sabe escrever de outra(s) forma (s)"


    A partir disso faço alguns questionamentos:

    1) Quando a nossa comunicação oral é o objetivo maior, porque se preocupar com a norma culta, com a técnica?

    2) Se entendemos o que outro nos diz informalmente, porque adotarmos uma postura superior?

    3) Nas comunidades em que trabalhamos, a linguagem popular deve ser rejeitada? Por falarem assim sabem menos que os graduados, especialistas, mestres e doutores? ("Não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes." Paulo Freire)

    4) Transferindo essa questão para o nosso trabalho de utilização da tecnologia para mobilização comunitária, quando algum educando adolescente se apresenta na Instituição na sua forma de agir, falando as suas gírias e escrevendo no msn e e-mail os tais vc, td, kd e outras siglas, nós enquanto educadoras devemos dizer que ele está errado ou devemos acolhê-lo dizendo que os espaços sociais são diferentes portanto possuem formas de linguagem diferentes?

    5) O que e quem está realmente por trás deste título: "Livro usado pelo MEC ensina aluno a falar errado"?

    6) Qual é a educação que queremos: tecnicista ou uma educação humanizadora em que todos respeitem cada um a sua cultura e diversidade?


    Penso que devemos retomar o foco da discussão, em momento algum coloquei que as pessoas não devem aprender a norma culta. Muito pelo contrário. Afirmo que as pessoas devem apropriar-se das várias formas de linguagem dos diversos espaços sociais, ou seja, entre amigos ou na comunidade tenho a liberdade de falar "nós vai", já num outro espaço, no trabalho por exemplo, devo falar "nós vamos".

    E questiono novamente: o que está por trás de tudo isso? Não esqueçamos que existe uma Cultura Dominante, a erudita, por exemplo, que determina que tudo o que não está de acordo com a erudição não é cultura. Uma cultura dominante que exerce discriminação e opressão, porque simplesmente o outro não teve em sua vivência o ensino efetivo das normas gramaticais cultas, mesmo o opressor tendo entendido o que o oprimido tenha expressado.

    Deixo elucidado mais uma vez: não estou dizendo que as pessoas não devem aprender a norma gramatical culta, a técnica da escrita. Elas devem sim, mas primeiro devem entender em quais contextos e relações esta técnica é importante e para que ela serve. É da mesma maneira quando lido com a Informática: é necessário que os educandos encontrem uma função social para o Editor de Texto, ou Twitter, ou e-mail, para depois eles se apropriarem a partir da necessidade de cada um. Por que mesmo os graduados, especialistas, mestres e doutores, não falam o tempo todo gramaticalmente correto.

    Texto de Vanessa Dias, postado por Helena Whyte

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